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Às vezes me pego pensando nos fantasmas com cheiro de prédio velho, cervejas escuras e cigarro. Lembro de quando emprestava suas roupas e elas ficavam enormes. Por algum tempo, até esqueço de todo o sofrimento. Qual o propósito de revisitar o passado? Raiva, dor, remorso ou... uma fagulha de expectativa?

Vampiro das minhas memórias.

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A dor é perspicaz: como pode trazer mais inspiração que o mais doce amor? É nas lágrimas que nascem os mais belos poemas. Cativam o mais profundo ímpeto do ser. Percebo isso ao ver que nesta página não mais escrevi. Não precisei mais falar com "ninguém" sobre essas memórias de ninguém. Não careci de falsas consolações. O tempo me fez bem.
Outros braços me tomam. Mesmo os mais vigorosos não se igualam na intensidade do seu toque. Na verdade, nunca foi questão de força ou superioridade, foi apenas sentir. Sentir à flor da pele e, em cada beijo, um arrepio. Arrepio que estranhamente transpira ardência. Ardência de um coração há pouco remendado e que agora te pertence, sem você pedir... Sem você querer. O calor queima, porém nos mantém vivos. O frio congela, adoece. Não isoles brasa em neve, ela altera sua essência e jamais volta a ser o que nasceu para ser: incendiadora de almas, mesmo as mais vazias.
O beijo da morte, já senti. Apagou as minhas últimas fagulhas com sua frieza.

Ai, Ai, Como Eu Me Iludo - O Terno

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Como é que eu nunca aprendi...